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Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024

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Ciúmes e a Relação de Amor e Ódio

“Que ódio sinto de você que não me ama como eu quero que me ame”.

Ciúmes e a Relação de Amor e Ódio
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Há muito tempo, atendi em psicoterapia um homem, com pouco mais de quarenta anos, pessoa ativa, autônoma, independente, morando sozinho em seu apartamento que me procurou após mais um de seus inúmeros “fracassos” amorosos.

Dizia-se um “apaixonado compulsivo” que não perdia a esperança de encontrar sua alma gêmea apesar de sempre “a vaca ir pro brejo”. Sua ansiedade numa busca implacável de uma companheira o fazia parecer compulsivo.

Vasculhamos terapeuticamente cada situação que pode me trazer de suas decepções e realizações até contar-me que havia arrebentado a mesa ao meio de tanto ciúme de uma das namoradas mais apaixonadas que passou pela sua vida. Daí para frente começou a tratar do ciúme mórbido que o acompanhava desde a infância com seus irmãos em relação a sua mãe...

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Penso que o melhor que devemos fazer é refletir sobre si mesmo. E o primeiro questionamento a ser feito é se você se conhece de verdade, pois só assim consegue enxergar o outro. 

Há pessoas que, por vários motivos, seja pelo corre-corre da vida ou por total falta de autoestima acabam por esquecer-se de si mesmas, de seus sonhos, seus projetos e isso vale para todas as áreas da vida, tanto profissional, pessoal e  amorosa. Outra coisa é saber o que você espera de um parceiro (a).

Geralmente o ciumento tem uma proposta relacional bastante infantilizada e acha que o outro tem que tomar conta e cuidar como se fosso um pai ou mãe. E com isso torna-se submisso e submete o outro e ninguém pode respirar na relação. Isso é viver sob o domínio do medo. “Cuidado com aquelas falas infantilizadas, fazendo biquinho, que parecem criancinhas conversando. Fale como adulto que é muito mais atraente e sedutor”.

O amor trás consigo segurança e paz porque é livre. Fidelidade é algo que se constrói durante toda a relação, pois o amor tem que ser cuidado com carinho e atenção e não com cobrança, agressividade e proibições. O diálogo pode ser a ferramenta mais eficaz para enriquecer a relação.          

A pessoa amada tem o direito a ser feliz como você na vida e quanto mais feliz na individualidade, mais feliz na relação, pois tudo é troca. Pense nisso!

 

FONTE/CRÉDITOS: www.mariangelamantovani.psc.br
Comentários:
Mariangela Mantovani

Publicado por:

Mariangela Mantovani

Psicóloga clínica e educacional com especialização em psicodrama e terapia de casais e famílias. Coordenadora do atendimento voluntário de psicologia da Paróquia São Judas Tadeu de São Paulo.

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