Nas últimas décadas, a sociedade passou a aceitar a adoção de filhos com muito mais facilidade. Muitas são as famílias com filhos do coração. Eu, que trabalho nas escolas fazendo consultorias, posso ver uma significativa quantidade de crianças adotivas. Portanto, isso nos faz perceber uma mudança de paradigma.
Pais adotivos carregam um segredo, pois consideravam inferioridade serem estéreis biologicamente. Porém, para Deus, com certeza, não existe esterilidade. Quando os pais decidem pela adoção forma-se um cordão umbilical entre o céu e a terra e aquela criança antes mesmo de ser adotada já sabe que tem seus pais esperando por ela.
No consultório tenho atendido crianças, jovens e até adultos que trazem em sua história a adoção e geralmente faço a terapia familiar, pois a adoção é uma via de mão dupla. Tanto pais como filhos se adotam.
A Campanha da Fraternidade nos traz a reflexão sobre os vários temas do tráfico humano e é por isso que esse assunto tem que ser pensado e repensado, então vejamos:
- A melhor proteção da criança é a família. E a adoção é uma das alternativas legais que permite a criança a encontrar pais que a protejam.
- Toda criança tem o direito a desenvolver-se numa família e quando não, permanecer numa instituição que lhe dê condições de desenvolvimento adequado. Afinal, desde que nascemos temos o direito a um projeto de vida.
- Se os pais biológicos não podem criar de forma conveniente, é necessário protegê-la.
- Os serviços que intervêm a proteção ao menor possuem regras claras e devem oferecer garantias necessárias à defesa dos direitos da criança e do jovem.
- As crianças internas em instituições têm o direito de crescerem numa família e é por isso que todos profissionais ligados à saúde, educação e judicial estão muito mais envolvidos no sentido de tornar cada vez mais adequado o caminho da adoção e o da pós-adoção.
Numa próxima oportunidade falarei sobre o processo emocional da adoção depois que chegam ao seio materno e as dificuldades com relação ao laço de sangue e o laço de amor.
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